terça-feira, 16 de março de 2010

Rafael, A Escola de Atenas



1510-11, 770 cm de base, fresco

A cena desenrola-se na Academia de Platão onde se encontram vários filósofos da Antiguidade, cujos rostos representam contemporâneos de Rafael, como: Platão (com o rosto de Leonardo da Vinci), Euclides (com o rosto de Bramante), Heráclito (com o rosto de Miguel Ângelo). O próprio Rafael se retrata com um barrete preto, inserido num grupo à direita. O ambiente arquitectónico é o projecto de Bramante para a Basílica de S. Pedro, pintado segundo as rigorosas regras da perspectiva; numerosas esculturas de deuses da Antiguidade, em fingidos nichos, ocupam as paredes.

Rafael (1483-1520) foi um dos génios do Classicismo. Criou um desenho com grande força expressiva (estático-contemplativa), equilíbrio, elegância e serenidade. As Virgens ou Madonnas, as Anunciações e as Sagradas Conversaciones (uma cena com várias figuras, em diferentes colocações perspécticas, numa única composição e que substitui o políptico gótico) são os seus mais conhecidos protótipos iconogáficos. As Madonnas, com olhos cândidos e sorrisos leves, são obras poéticas, serenas, refinadas e doces, representadas em esquemas compositivos piramidais. Em 1508, em Roma, a convite do papa, pintou A Escola de Atenas, onde se nota a tentativa de conciliar o passado e o presente, isto é, a Filosofia e a Ciência da Antiguidade com o mundo renascentista.

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